NÃO
FAÇA PARTE DAS ESTATÍSTICAS
Mais
um final de semana que chega e nós, população desse grande país,
nos preparamos para as notícias policiais... Convivemos com um
cotidiano violento sórdido como quem não percebe a gravidade do que
está acontecendo...
Observando
em Telêmaco os números da violência, os nomes envolvidos e
histórias de vida, facilita entender a relação com o mundo das
drogas. A grande parte (quase que totalidade) dos homicídios são
com pessoas de classes menos privilegiadas,
hostis, usuários de drogas (ou ex-usuários) com históricos de
passagem pelo cárcere ou, quando adolescentes jovens Infratores
(muitas vezes de crimes graves).
Antes
de chegarem ao resultado fatídico do matar ou morrer, e envolvidos
com o tráfico, a história é sempre a mesma: não pagam suas
pendências e ou desafiam, seja de que forma for, os traficantes -
tragédia
“prevista”.
Há
uma assertiva inquestionável: Todos que entram no submundo das
drogas serão vítimas em potencial do crime de homicídio – Vão
matar e vão morrer...
Mas
quero falar de vida, estou cansada da morte do dia a dia. Um Teólogo
Alemão Karl Barth costumava
repetir: “Desejaria tanto viver mais de um século. Não
que tema a morte, mas porque me extasio com a vida”. Se extasiar
com a vida... Como é bom viver... Imediatamente penso na minha
família, nos meus amigos, na minha cidade... Como é incrível a
magia de reencontrar todos os dias velhos amigos, conhecidos, rostos
que nos acostumamos a encontrar no dia a dia... Sim, magia Divina que
nos permite mais um dia e mais uma página de história...
Sim,
haveremos de morrer, é inevitável... Contudo, podemos viver mais e
melhor. Podemos conceber uma sociedade de vida longa e plena.
Infelizmente, já me obrigando a voltar pra morte, me questiono qual
a receita para não fazer parte das estatísticas fatídicas? Quero
viver mais... Quero que minha cidade tenha vidas longevas e que
façam, todos, uma história bonita e pujante... Mas, o momento
declina da felicidade para abraçar a execrável violência diária...
A
receita para longevidade é simples, contudo, principalmente a
juventude não quer dela saber. Não há, porém, como se iludir,
quem se envolve com o mundo das drogas tem uma chance gigante de
matar e morrer, não importa exatamente o motivo, mas o prenúncio é
incontestável.
Aos
amigos, às famílias que têm entes envolvidos com este mundo,
busquem imediatamente tomar atitudes enérgicas, caso contrário, se
debruçarão logo mais sob o cadáver de quem ama...
Não
posso banalizar o tema, muito menos quero. Sei da importância e da
complexidade. Porém, preciso chamar atenção aos pais para reverem
suas posturas, suas atitudes frente à educação de seus filhos.
Talvez ainda dê tempo de mudar a história.
Segurança
Pública passa pela forma que agimos, que fazemos nossas escolhas,
que tratamos nossos filhos e nossas responsabilidades.
Não
é preciso usar ou vender drogas para ser vítima de um homicídio.
Muitos morrem por estarem em locais de consumo ou por terem amigos
que utilizam.
Fica
a dica: Lugares que há pessoas consumindo drogas há, também,
traficantes e onde há traficantes, provavelmente há armas e se há
armas poderá haver, infelizmente, o próximo homicídio...
Obs.
O tema não se exauri, vamos discutir na próxima semana possíveis
políticas públicas de segurança.
#Paz #violência #desigualdadesocial #telêmacoborba #politicaspúblicas
Texto By Gra Ekermann publicado no Jornal Expresso Notícias em junho de 2014 (Telêmaco Borba/Paraná)
Texto By Gra Ekermann publicado no Jornal Expresso Notícias em junho de 2014 (Telêmaco Borba/Paraná)
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