Nossa história começa em 1934 quando a Família Klabin comprou a Fazenda Monte Alegre. Esta família sonhou com um futuro creio, porém, que não imaginou, naqueles dias, que seu sonho seria um dia colossal.
50 anos se passaram e Telêmaco Borba hoje, muito mais que um sonho, é uma realidade construída por muitas famílias que ergueram com seus trabalhos um município pujante.
Sim, Telêmaco Borba deve cada paralelepípedo ao trabalhador que construiu a Fábrica de Papel, a Usina Getúlio Vargas, o bonde para poder trabalhar, cada rua desta cidade... Telêmaco Borba deve seu nascimento e prosperidade ao trabalhador que veio de longe, de outras terras, de outras etnias, de diversas religiões, culturas e hábitos, uma miscelânea em busca da felicidade. Todos, porém, responsáveis pela gigante paleta de cores que hoje, 50 anos passados, torna este município diferente de tudo e de todos os outros.
Minha Telêmaco, mais que minha terra, uma amiga. Você nasceu grande em todos os aspectos. Em 1964 já tinha uma população e economia maiores do que Tibagi. Logo, fez nascer na população Monte Alegrense um desejo de vê-la emancipada como tinha que ser...
Você não teve tempo de viver infância. Já nasceu com responsabilidade de gente grande, de crescimento rápido... De acolher e abrigar centenas de famílias que avistavam aqui a possibilidade de um futuro. Acredito que por tal razão, muitas vezes, diante da parca experiência juvenil e farto orçamento você, Telêmaco, errou... Erros costumeiros da juventude – Erros caros até hoje...
As mãos que escreviam a obra nem sempre acertavam o tom da sinfonia. Desafinavam posto a urgência das políticas públicas, de tal forma, que nos acostumamos com a seqüência de erros, problemas e descasos... Crescíamos umbilicalmente ligados ao humor do mercado “do papel” que, aliás, nem sempre era bom ou simpático. Entretanto, por muito tempo esta “mãe” empresa foi mais que um amparo, foi a nossa razão de ser.
Talvez, por isto, temos ainda hoje a dificuldade de agir, de ser, de pensar sem contar com o apoio maternal da Indústria Klabin. Filhos com síndrome de Peter Pan que não querem seguir na vida sem segurar a mão protetiva. Paro neste ponto e repenso: Emancipamos de Tibagi. Fato incontestável. Mas, desta mãe chamada indústria parece que não queremos emancipar...
Se eu pudesse lhe dar um conselho Telêmaco... Se você pudesse me escutar diria que é chegado o momento em que cumprir a missão de seu nascimento é imperativo – SEJA FORTE. Agradeça ao seu passado, porém, lembre-se você nasceu da construção da indústria e ao mesmo tempo da construção de uma cidade para acolher seus operários. Nasceu do sonho de muitos e hoje é mais que real...
Você é grande, não tenha medo. Siga firme porque sua história foi edificada por mãos de trabalhadores e é em nome desta história que você pode ser a esperança pra sua gente que espera um futuro de conquistas.
Minha amiga Telêmaco Borba tenho orgulho de sua luta. Seus ombros suportam ao longo de meio século um crescimento absurdo com problemas sociais do porte de cidade grande... Padece em lágrimas sem deixar de abraçar um filho diante da dor da violência... É altiva, apesar de tantas dificuldades...
Parabéns minha amiga, você cresceu. Que Deus lhe abençoe com Paz, saúde, sabedoria aos nossos governantes e vitórias para todos nós que somos a sua cara.
Parabéns Telêmaco Borba.
Texto By Graciane Ekermann II publicado no Jornal Expresso Notícias de 21 de março de 2014
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