A política do Pão e circo (panem et circenses)
como ficou conhecida, era o modo com o qual líderes romanos
lidavam com a população, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o
seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal
(vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta
de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos
políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.
Como somos parecidos com o povo Romano em
pleno século XXI – brasileiros iletrados, incompetentes, incultos,
inexperientes, ínscios, leigos e ignorantes – sim somos tudo Isto e, talvez, ainda
mais.
Quando se estuda a história
romana, em especial, durante o período imperial, é notória a semelhança que há,
entre Roma e o Brasil, nos aspectos sociais. Em ambos, percebem-se problemas
sociais – por que não dizer estruturais... Por exemplo, o alto índice de
desemprego e da taxa de analfabetismo, condições impróprias para uma
moradia digna, a excessiva carga tributária imposta aos contribuintes, a saúde
precária, segurança pública agonizante e o excesso de corrupção nos gestores
públicos.
Quando penso que o Império Romano
durou tanto tempo tenho pena de nós, brasileiros incultos que temos gestores públicos brasileiros governando
com a equivalente política romana sem, pelo menos, haver sinal de subversão
social... Nós vivemos de Pão e Circo e vamos continuar a viver por muito tempo.
As estratégias políticas do
populismo sempre são as mesmas. Em Roma a tal política do pão e circo tinha
como objetivo fornecer gratuitamente à população pão (trigo) como aqui
BOLSA e haviam espetáculos públicos em arenas, os gladiadores, para entreter a
população, fazendo com que não ficassem revoltados com o seu desemprego,
saúde tosca, educação zero e demais problemas sociais. Que pena, no Brasil,
percebe-se a aplicação – nas devidas proporções – dessa política, em que o
governo, por meio de medidas assistencialistas e de jogos de futebol (shows
também), alienam a população em relação aos problemas da nação.
Muitos dizem: “Se pagamos
tributos, vamos aproveitar as festas que nos dão...”
Muito bem, estamos indo
muito bem – um caminho sem volta. Como o cientista político Luiz Felipe D’avila colocou: “Se o Brasil continuar no piloto
automático, como estamos há mais de uma década, caminharemos para uma
mediocridade terrível.”
Não vou me estender. Lamento
por mim, por meus filhos, por minha cidade, estado e país. Lamento vivermos a
cultura da ignorância política. Lamento que a população aceite o pão e circo
como seres desinformados, ignaros, incultos e totalmente ingênuos ante a
astúcia e esperteza dos poderes instituídos.
Futebol no Brasil é o grande
circo – toda quarta e domingo – tempo o suficiente para alienar-nos com uma
bola e vários homens correndo atrás e bandeiras que nos movem à paixão e ao
crime. Cenário Perfeito. Com todo respeito aos times, aos jogadores e a “nós”
torcedores. Este ano o Circo do futebol virou a Grande Festa da Reeleição:
Ponto pra eles que nos governam (miserável povo insciente).
Festas e Grandes Shows para
pequenas cidades servem também de circo... Qualquer semelhança à atualidade é mera coincidência. Apenas um pensamento que atormenta...
Prioridades são coisas que
governantes no Brasil, apesar dos nossos 514 anos, ainda não aprenderam. Creio
que a latinidade herdada lá de Roma não nos permite sermos plenamente
responsáveis e agirmos com presteza social.
Viva o Pão e Circo –
Assistamos grandes jogos – Aplausos pros artistas (afinal de contas eles são
povo como a gente e, apenas, estão trabalhando).
Obs. Não sou contra futebol
(sou coxa de carteirinha) nem contra as festas. Sou, contudo, racional o suficiente para ver e
“conhecer” minha terra com suas mazelas. Há fome, frio, desesperança, falta de
remédios e saúde, educação sem vagas e sem a dignidade pra enfrentar o mundo
das desigualdades... Sou daqui, e sim, conheço de cor e salteado nossos problemas
para entender que nossas prioridades deveriam ser outras...
Como todos podem e devem
expressar suas opiniões – Esta, sem intenção de ofender a ninguém, é a minha.
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