Por
que nos preocupamos com a juventude? Com a violência? Com o futuro da sociedade
de nossa Telêmaco Borba (ou de todos os lugares)?
A juventude perdeu a poesia de outrora e
agora vestida de Hip-Hop toma conta das músicas, das Redes Sociais, das ruas,
praças... Quando assim me refiro penso que esta juventude impõe a todos um medo
mudo que nos sufoca... O que aconteceu
com a história? Com os Jovens? Com a sociedade que está pálida de medo?
Observo que este jovem, um modelo diferente
que se apresenta, vive apenas o presente e tenta exaurir do agora o máximo que
pode. Futuro? Pouco lhe interessa, talvez no máximo, o final de semana que se
aproxima...
As experiências momentâneas é que são válidas
e o idealismo que um dia foi o lema das juventudes passadas é apenas páginas de
histórias... A anti cultura atual criou um novo dialeto onde qualquer um de nós
ao ler uma mensagem, se pensa analfabeto, pois, não irá entender o que está
escrito... Cultura do escárnio, da banalização da vida, da imoralidade...
Aliás, para muitos conduta “firmeza” é de quem com pouca idade tem uma longa
ficha de infrações e ilicitudes... Que já foi enquadrado... Este é o Mano Bom,
o Parceiro do Pedaço e, para nós que assistimos a novela da vida real, as cenas
dos próximos capítulos serão fotos nos Jornais com letras garrafais dizendo de
crimes, de prisões e de mortes...
Ficamos estarrecidos... Choramos a morte
alheia... A dor da família... Nós, que não participamos desta anti cultura
vamos para as Redes Sociais gritar contra as polícias, contra os políticos,
reiterar que a sociedade organizada esta desorganizada... Como se alguém pudesse frear esta anti cultura juvenil de banalização
da vida...
Vivem, os jovens deste mundo, apenas o
presente e este presente está descontrolado... Poucos existirão no futuro...
Elis Regina
cantava que “Os jovens ainda são os mesmos e vivem como seus pais...” Estes jovens não existem mais. Os de agora
cansaram e se desiludiram de causas pelas quais nós, adultos, nos empenhávamos
ontem. As causas atuais não atraem suas atenções. Não existe mais o respeito, a
tradição, a conquista de um espaço, de um emprego, de um lar...
As nossas gerações
e anteriores conheceram grandes líderes, seres humanos que lhes ditavam
palavras de ordem às quais todos encantados aderiam – Líderes que conquistavam
jovens para um mundo melhor - Extinguiram-se... Os adultos de bem lhes serviam
de referência. Infelizmente, hoje a tendência vai numa direção oposta. Importa
a própria experiência pessoal, autônoma até tocar as raias do narcisismo. Por
isso, ocupam-se antes com momentos prazerosos, fugazes, sem preocupação com as conseqüências,
em vez de ater-se à busca de felicidade sólida, permanente e comprovada pela
experiência já vivenciada.
Qual a
receita para cessar a violência juvenil? Para conquistar o interesse desse
jovem que banaliza sua conduta e sua vida agindo na antiética? Qual a receita
para reconquistarmos uma sociedade sã, pois o futuro, se existir, estará nas
mãos, incontestavelmente, dos jovens...
Primeira observação: O álcool (droga lícita) está na maior partes
dos lares... As músicas prosaicas e fúteis estão em todas as rádios... Nas
escolas o poder emana do jovem e o professor nada pode contra esta força... Os
pais a cada dia com menos autoridade... A polícia cada vez em menor número... O estado cada vez mais pobre... As cidades com medo, os cidadãos, uns com medo
outros com armas nas mãos...
Segunda observação: Estes jovens são frutos
da sociedade pós moderna criada por nós adultos de hoje!
QUE PAÍS É ESTE?
Texto By Gra Ekermann publicado no Jornal Expresso Notícias em janeiro de 2014.
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