Responder em 2014
quando já respondemos em outubro de 2012. Naquele ano nos foi perguntado qual
futuro queríamos e, enfim, respondemos!
Daquele futuro que assinalamos numa urna
eletrônica já se passaram pouco mais que 391 dias...
Hoje com as Redes
Sociais uma multidão desabafa e levanta a poeira que por muito tempo ficou
assentada num chão de silêncio. Novos tempos de democracia mais participativa –
novos cidadãos.
Porém, há muitos,
ainda, que preferem as criticas apenas entre as rodinhas de amigos, acusando os
que possuem voz com palavras desagradáveis... Querendo impor uma mácula doente da
anti-democracia. Dizem estes omissos: “Só se manifestam porque pretendem
concorrer a algum cargo...” E que mal há nisso? Qual o pecado de um cidadão
comum em querer participar da história de sua nação? Lastimável quem pensa
assim, mais lastimável quem se omite em participar...
Muitos participam,
brigam por direitos coletivos e nem sempre serão candidatos ou se são
candidatos nem sempre serão eleitos e aos eleitos meus parabéns, chegaram lá. Há outros que não têm idéias, nunca brigaram
por nada e por ninguém, mas, se lançam com uma naturalidade desapercebível e,
muitas vezes, são estes os eleitos. O que importa é que todos possuem o direito
legítimo de participar da vida pública.
Mas o que é cidadania amigos leitores?
Creio que cidadania está vinculada a um processo de participação política, é
ter capacidade de decisão e, sobretudo, o direito exercido somada a
oportunidade de construir um mundo melhor.
Infelizmente a
nossa história recente nos remete ao mando dos militares e, portanto, nos
acostumamos ao medo de maiores envolvimentos... O temor foi gravado com fogo
nas almas dos brasileiros. Logo, preferem o silêncio e a omissão... Mas, a
modernidade com suas redes sociais transformou o receio de mostrar a cara em
palavras e movimentos... O ex-pacato cidadão resolveu gritar seus anseios...
Nas redes sociais é
possível o exercício da cidadania sem a vergonha ou o pânico de falar. Nossos jovens
descobriam que exercer a cidadania é mais que um direito é uma responsabilidade
que nasce na medida em que a população valoriza a política, assim, ajuda a
construir uma nova sociedade mais justa, mais fraterna e mais equitativa.
Um jovem me perguntou como ser um cidadão
consciente... Bem, meu jovem... O Cidadão consciente de sua atuação deve
contribuir com idéias, com ações justas na busca de um mundo melhor. Deve lutar
contra os algozes da desigualdade, ser constante na defesa dos direitos fundamentais
e nesse caminho combater para que os deveres sejam uma constante na vida de
todos em prol da sociedade...
Meu amigo lançou outra dúvida... Existe o bom e o mau cidadão?
Creio que não,
nenhuma forma nem outra. Existe cidadão. Ou é ou não é.
A cidadania é uma
conquista diária. Se uma pessoa não consegue entender o valor do bem comum e a
importância de lutar pela manutenção da ordem democrática, então, jamais será
um cidadão.
Temos o direito,
ou melhor, o dever de participar. E só quem entende este direito-dever é que
pode se perguntar: “Que cidade, que
estado e país queremos para nosso futuro?”
Ao que se ofende
com os que participam fica um conselho: Fique ai sentado, com cara amarrada e
com dedo em riste. Sim, espere pela decisão dos que participam como vai ser o “seu”
futuro que, lógico, acontecerá a partir do juízo daqueles que tiveram coragem
de mostrar a cara, brigar e fazer parte da história.
No fim como disse Gandhi “O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente”
Texto By Gra Ekermann publicado no Jornal Expresso Notícias de 21 de fevereiro de 2014.
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