sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O QUE QUEREMOS PARA NOSSO FUTURO?

Responder em 2014 quando já respondemos em outubro de 2012. Naquele ano nos foi perguntado qual futuro queríamos e, enfim, respondemos!

Daquele futuro que assinalamos numa urna eletrônica já se passaram pouco mais que 391 dias...

Hoje com as Redes Sociais uma multidão desabafa e levanta a poeira que por muito tempo ficou assentada num chão de silêncio. Novos tempos de democracia mais participativa – novos cidadãos.

Porém, há muitos, ainda, que preferem as criticas apenas entre as rodinhas de amigos, acusando os que possuem voz com palavras desagradáveis...  Querendo impor uma mácula doente da anti-democracia. Dizem estes omissos: “Só se manifestam porque pretendem concorrer a algum cargo...” E que mal há nisso? Qual o pecado de um cidadão comum em querer participar da história de sua nação? Lastimável quem pensa assim, mais lastimável quem se omite em participar...

Muitos participam, brigam por direitos coletivos e nem sempre serão candidatos ou se são candidatos nem sempre serão eleitos e aos eleitos meus parabéns, chegaram lá.  Há outros que não têm idéias, nunca brigaram por nada e por ninguém, mas, se lançam com uma naturalidade desapercebível e, muitas vezes, são estes os eleitos. O que importa é que todos possuem o direito legítimo de participar da vida pública.

Mas o que é cidadania amigos leitores? Creio que cidadania está vinculada a um processo de participação política, é ter capacidade de decisão e, sobretudo, o direito exercido somada a oportunidade de construir um mundo melhor.

Infelizmente a nossa história recente nos remete ao mando dos militares e, portanto, nos acostumamos ao medo de maiores envolvimentos... O temor foi gravado com fogo nas almas dos brasileiros. Logo, preferem o silêncio e a omissão... Mas, a modernidade com suas redes sociais transformou o receio de mostrar a cara em palavras e movimentos... O ex-pacato cidadão resolveu gritar seus anseios...

Nas redes sociais é possível o exercício da cidadania sem a vergonha ou o pânico de falar. Nossos jovens descobriam que exercer a cidadania é mais que um direito é uma responsabilidade que nasce na medida em que a população valoriza a política, assim, ajuda a construir uma nova sociedade mais justa, mais fraterna e mais equitativa.

Um jovem me perguntou como ser um cidadão consciente... Bem, meu jovem... O Cidadão consciente de sua atuação deve contribuir com idéias, com ações justas na busca de um mundo melhor. Deve lutar contra os algozes da desigualdade, ser constante na defesa dos direitos fundamentais e nesse caminho combater para que os deveres sejam uma constante na vida de todos em prol da sociedade...

Meu amigo lançou outra dúvida... Existe o bom e o mau cidadão?

Creio que não, nenhuma forma nem outra. Existe cidadão. Ou é ou não é.

A cidadania é uma conquista diária. Se uma pessoa não consegue entender o valor do bem comum e a importância de lutar pela manutenção da ordem democrática, então, jamais será um cidadão.

Temos o direito, ou melhor, o dever de participar. E só quem entende este direito-dever é que pode se perguntar: “Que cidade, que estado e país queremos para nosso futuro?”
Ao que se ofende com os que participam fica um conselho: Fique ai sentado, com cara amarrada e com dedo em riste. Sim, espere pela decisão dos que participam como vai ser o “seu” futuro que, lógico, acontecerá a partir do juízo daqueles que tiveram coragem de mostrar a cara, brigar e fazer parte da história.


No fim como disse Gandhi “O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente” 

Texto By Gra Ekermann publicado no Jornal Expresso Notícias de 21 de fevereiro de 2014.

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